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05 novembro 2009

Breves anotações sobre a missão


Quando falamos e ouvimos a palavra missionário, cada um de nós tem um conceito próprio, resultado de tudo que já ouvimos e vimos sobre o assunto.

Para a mente de alguns virão imagens dos nossos irmãos da América do Norte, com um português sofrido e muito amor no coração. Na mente de outros pode vir imagens dos missionários católicos e seu trabalho de evangelização entre os indígenas. Outros vão se lembrar do pastor de paletó e gravata, pouca instrução, pregação fervorosa, percorrendo o os sertões nordestinos para falar de Jesus.

Hoje eu gostaria de refletir com os irmãos sobre alguns conceitos relativos a missões e começar a construir as bases de uma visão missionária para a Igreja Batista do Caminho.
A palavra “missionário” é derivada da palavra missão. Isto é, genericamente um missionário é alguém a quem foi confiado um objetivo a ser alcançado. Missionários são pessoas que têm uma missão a ser cumprida.

Considerando o significado da palavra, os missionários não estão restritos ao universo religioso (um diplomata, poderia perfeitamente ser enquadrado na definição) e dentro da religião não se restringem ao cristianismo (Islâmicos, budistas e outras agremiações religiosas têm também os seus missionários.

Se admitimos a existência de missionários, pessoas que têm uma missão, no contexto da Igreja de Cristo, isso nos remete à necessidade de fazer algumas perguntas:

As primeiras são: qual é a missão, para quem é a missão, qual a abrangência da missão?

Seguiram os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes designara. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Mt 28.16-20

Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados. De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à destra de Deus. E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam. Mc 16.14-20

e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu. Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo; e estavam sempre no templo, louvando a Deus. Lc 24.46-53

Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. At 1.6-8

1. Qual é a missão

MATEUS: Fazer discípulos
• Convencer (do pecado e da justiça)
• Batizar – Celebrar a obra do Espírito
• Ensinar – Apresentar as Palavras de Jesus

MARCOS: Pregar o evangelho
• O que é o evangelho – Boa notícia: Deus se fez gente para provar o seu amor por nós. Sem que haja em nós qualquer motivo que justifique esse amor, Ele está determinado a nos atrair para si mesmo, para nosso benefício eterno.
• Confirmação de poder – Se não há transformação de vida, a boa notícia ainda não encontrou lugar no coração.

LUCAS: Ser testemunhas
      Testemunhas de que?
      Os discípulos, da morte e ressurreição de Cristo;
      E nós? Da morte da nossa velha natureza inclinada ao pecado e do nascimento de uma nova natureza inclinada para Deus.

De forma abrangente, a missão é mesma para todos: (1) Fazer Discípulos, (2) Pregar o Evangelho e (3) Ser Testemunha.

2. Para quem é a missão é a missão

MATEUS 28:16 Seguiram os onze discípulos para a Galiléia

MARCOS 16:15 Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa

LUCAS 24:33 E, na mesma hora, levantando-se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles,

A missão é para os discípulos. A missão é para todos.

·       Ninguém está fora. Se você é discípulo de Jesus, a missão é pra você; A missão é pessoal.
·       A missão não pode ser terceirizada
Ø Nenhuma agência missionária pode cumprir a sua missão por você;
Ø Nenhum outro irmão pode cumprir a sua missão por você;
Ø Nenhum pastor, pregador, evangelista, obreiro, presbítero, diácono, líder de ministério, conselheiro, professor ou qualquer autoridade eclesiástica pode cumprir sua missão por você.

        Ofertar não é cumprir a missão;
        Orar não é cumprir a missão
        Fazer campanha de missões não é cumprir a missão.

Devemos parar de fazer isso, então? Claro que não! Mas precisa estar bem claro que ao ofertarmos, orarmos e fazermos campanhas de apoio estamos ajudando outros a irmãos a cumprir a missão deles, mas ainda precisamos cumprir nós mesmos a missão: fazer discípulos, pregar o evangelho e ser testemunha do poder transformador de Deus.

3. Qual a abrangência da missão

MATEUS 28:19 Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações...

MARCOS 16:19 15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo...

ATOS 1:8 ...e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra

A missão deve ser cumprida ...
... em todas as nações
... por todo o mundo
... até os confins da Terra

• Não temos o direito de restringir a missão à nossa zona de conforto;
• Não temos o direito de escolher uns e excluir outros;
• O mundo inteiro carece da boa notícia do evangelho.

Como vocês acham que os discípulos viram aquela missão? Eu me lembrei do filme: Missão Impossível. E missões impossíveis exigem uma boa estratégia. O estrategista é o próprio Cristo. Lucas revela a estratégia orientada por Cristo: Jerusalém – Judéia – Samaria – Confins da Terra

Jerusalém – Onde você está: seu bairro, sua cidade
Judéia – Nosso estado, ou nossa região
Samaria – Estados ou regiões vizinhas
Confins da Terra – Outros países e nações.

Mais algumas questões:

• Isso é uma seqüência obrigatória ou uma prioridade?
Parece-me uma prioridade sensata. Se não estamos dispostos e prontos para cumprir a missão onde estamos, porque cumpriríamos em uma região distante e inóspita? A seqüência é um antídoto contra a fulga e o escapismo.

• A missão pode ser cumprida de forma concomitante?
Paulo, preso em Roma, fala de Cristo aos soldados que o vigiavam ao mesmo tempo que escrevia cartas para as igrejas de outras cidades e regiões. A cada domingo, eu ensino as Escrituras e testemunho do poder transformador de Deus em minha vida e estas mensagens, publicadas no blog são lidas por pessoas de mais de 30 países diferentes.

• Existe um papel para as igrejas locais no que tange ao cumprimento da missão?

1 Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. 2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. 3 Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram. Act 13:1-3

A igreja em Antioquia tinha recebido de Deus dons e capacitações. Eles viviam sua vida com Deus; uma vida de serviço e dedicação. Até que o Espírito Santo de Deus revelou que iria realizar alguma coisa para qual ele usaria Barnabé e Saulo. O que fez a igreja? Ouviu e atendeu ao Espírito de Deus.

A obra missionário não era um projeto da igreja em Antioquia, mas um projeto do Espírito de Deus. A igreja em Antioquia, atenta a voz do Espírito, participou da primeira grande expansão do evangelho na Ásia e Europa.

Conclusão

O que será que o Espírito irá fazer em nossos dias? Qual será a obra de Deus para os nossos tempos? Haverá outra grande onda de expansão do Reino? Ninguém descobre os intentos de Deus sem que Ele os revele.

Então, penso que devemos ficar atentos. Servir ao Senhor onde estamos, com jejum e oração, até que o Espírito nos chame para participar de algo que Ele vai fazer.

Não devemos ter pressa, mas também não devemos temer, porque quando isso acontecer será a obra dele, e nós seremos parceiros de Deus naquilo que Ele estará realizando.


01 outubro 2009

Discipulos de Jesus - Negar-se a si mesmo

Introdução

“Se alguém quer vir após mi, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.” Lucas 9:23

“Quem não toma a sua cruz e vem após mim, não é digno de mim”. Mateus 10:38

“Então convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” Marcos 8:34


Três etapas são necessárias para aqueles que desejam ser discípulos de Jesus: negar-se a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo.

(A) Essas três etapas são condições. Jesus não corria desesperado à procura de discípulos, como fazem alguns mestres hoje. Ele não negociava oferecendo benefícios em troca de fidelidade a Ele. Em vez disso, Jesus não hesitava em apresentar as condições a serem cumpridas por quem desejasse segui-lo. Não era de qualquer jeito: havia e ainda há condições.

O esforço de muitos pregadores (alguns bem intencionados) para alcançar mais pessoas com a mensagem do evangelho tem deslocado o centro dessa questão; em vez de apresentarem as condições para alguém ser discípulo de Jesus, eles acenam apenas com os benefícios de ser um discípulo de Cristo.

Sem perceber, muitos se tornam culpados de propaganda enganosa: a igreja tem usado letras garrafais para os benefícios e letras miúdas para as condições de ser discípulo. Parece propaganda de eletro-eletrônico.

Presas pela propaganda sobre Cristo, muitas pessoas decidem segui-lo sem compreender o que isso significa, mas apenas para ter acesso aos benefícios prometidos. Então, ao serem chamados para cumprir as condições muitos se decepcionam, se entristecem: viram consumidores enganados, reclamando por seus direitos.

Hoje vamos começar a virar a mesa dessa questão.

Se você observar os evangelhos com cuidado, verá que Jesus nunca correu atrás de discípulos. Os discípulos é que O procuravam. Jesus não fez apelos emocionais nem implorou a quem quer que fosse para que o seguisse. Pelo contrário. Ele impôs condições para os candidatos a discípulos. É sobre essas condições que vamos refletir nessas três mensagens.

Três condições e um pré-requisito

Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, (1) negue-se a si mesmo, (2) tome a sua cruz, e (3) siga-me; (Mat 16:24)

São três condições: negar-se a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo. Mas antes delas há um pré-requisito: você precisa querer ser um discípulo de Jesus. Ninguém se torna discípulos porque a mulher, o filho, o amigo ou os parentes querem. A própria pessoa precisa querer e tomar essa decisão.

Se você não quer ser um discípulo de Cristo seja sincero consigo mesmo e com as pessoas ao seu redor. Ainda que essa não seja a melhor decisão, Deus apreciará a sua sinceridade e transparência. Saiba também que Cristo o ama profundamente e deseja alcançá-lo com esse amor.

Mas se você tem convicção de que deseja ser um discípulo de Jesus, o pré-requisito já está cumprido: se alguém quer vir após mim... Vamos agora às condições.

Veja que é o próprio Jesus Cristo que apresenta essas condições. Não é uma invenção minha, nem história de alguém que ouviu falar. Três condições: negar-se a si mesmo, tomar sua cruz e segui-lo.

Hoje vamos buscar orientação do Espírito Santo de Deus para compreender o significado de negar-se a si mesmo.

Negar-se a si mesmo

Nesse começo, precisamos desfazer de imediato dois enganos: o primeiro é que negar-se significa anular-se como pessoa; o segundo é que negar-se é significado de autopunição.

Pedir que nós nos anulássemos seria uma grande incoerência da parte de Deus, já que ele nos criou seres que têm vontade própria e consciência de si mesmos. Por que ele nos daria uma identidade para em seguida impor essa anulação?! Negar-se não é anular-se.

O segundo engano é que negar-se é flagelar-se, buscando sofrimento como uma forma de punição. Deus não se alegra com a nossa dor, quanto mais se essa dor for algum tipo de sofrimento que impomos a nós mesmos. Negar-se não é autopunir-se.

Desfeitos esses dois enganos, precisamos caminhar em busca de compreender o que Jesus quis dizer com negar-se a si mesmo.

Para isso vamos contar com a ajuda de dois trechos das Escrituras. Primeiro, vamos prestar atenção ao encontro alguns sacerdotes e levitas com João Batista, quando alguns deles foram enviados ao profeta para descobrir se Ele era o messias. Em seguida, vamos refletir sobre o contexto do momento em que Jesus falou dessas condições para alguém ser seu discípulo. O senhor falou essa frase dentro de uma situação real.

João Batista

(19) E este foi o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para que lhe perguntassem: Quem és tu? (20) Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo. (21) Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. (22) Disseram-lhe, pois: Quem és? para podermos dar resposta aos que nos enviaram; que dizes de ti mesmo? (23) Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías. (João 1:19-23)

O negar-se a si mesmo passa pelo reconhecimento de quem somos e da descoberta de quem Deus é. Nesse encontro narrado pelo apóstolo João, há pelo menos três lições preciosas sobre o negar-se a si mesmo.

A - Eu não sou Deus

(20) Ele, pois, confessou e não negou; sim, confessou: Eu não sou o Cristo.

• Não posso controlar o mundo;
• Não consigo fazer tudo dar certo;
• Não posso receber a glória que não é minha.

Muita gente sofre porque resolveu carregar o mundo nas costas. É preciso reconhecer quem somos: limitados e incapazes de lidar com todos os problemas à nossa volta.

João confessou que não era o Cristo. Ele preferiu ser quem ele era e disse não para o orgulho de ser confundido como o Cristo. Você precisa parar de agir como fosse Deus e dizer não para o orgulho que isso dá. Entregue a responsabilidade de dirigir o universo para aquele que pode fazer isso e aceite quem você realmente é!

B- Eu não sou o meu irmão

(21) Ao que lhe perguntaram: Pois que? És tu Elias? Respondeu ele: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não.

• Não preciso viver do jeito que os outros vivem;
• Não devo almejar o sucesso dos outro;
• Não devo fingir ser o que eu não sou.

Deus não quer que você seja igual a ninguém nessa terra, senão que você seja semelhante ao seu filho Jesus Cristo. Ele lhe fez único e quer que você preserve sua identidade. Quanto sofrimento acontece quando queremos ser iguais a fulano ou beltrano.

Negar-se é uma jornada em busca da nossa verdadeira identidade. É dizer não para as tentativas de nos tornarem quem na verdade não somos. João não aceitou ser chamado de Elias, você também precisa rejeitar as tentativas de fazer de você uma cópia de outra pessoa. Todos nós somos originais.

C- Minha identidade está em Deus

(23) Respondeu ele: Eu sou a voz do que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías.

De onde vinha essa convicção de João Batista? Algumas coisas posso garantir.

• Ele não fez curso de Ioga nem Meditação transcendental;
• Também não entrou de cabeça na psicoterapia;
• Não consultou os astrólogos e advinhadores;
• Ele também não leu o último best seller do Augusto Cury;

João encontrou sua identidade na fala de Deus sobre ele:

(13) Mas o anjo lhe disse: Não temas, Zacarias; porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, te dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João; (14) e terás alegria e regozijo, e muitos se alegrarão com o seu nascimento; (15) porque ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe; (16) converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus; (17) irá adiante dele no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, a fim de preparar para o Senhor um povo apercebido. (Luk 1:13-17)

Assim como aconteceu com João Batista, Deus também fez afirmações sobre você e é nessas afirmações que você deve buscar sua identidade.

• Você foi criado à imagem e semelhança dele;
• Você é alvo do seu amor através de Jesus;
• Sua presença e desejada por Deus.

Meu irmão, há muitas outras palavras de Deus sobre você! Leia as Escrituras, descubra as promessas que Ele fez sobre sua vida e viva conforme sua nova identidade em Cristo. Isso é ser uma nova criatura.

Negar-se é não desejar ser o que você na verdade não é, mas aceitar com gratidão tudo o que você realmente é em Cristo Jesus.

Negar-se é abrir mão do que eu penso que sou e do que os outros dizem que eu sou, para me tornar aquilo que Deus deseja que eu seja. Foi assim com João Batista e deve ser assim comigo e com você.

Jesus Cristo

O segundo trecho da Escrituras em que o negar-se a si mesmo se revela é no contexto da fala de Jesus em Mateus 16:24. Também nesse texto vamos encontrar três lições preciosas.

(21) Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse. (22) E Pedro, tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Tenha Deus compaixão de ti, Senhor; isso de modo nenhum te acontecerá. (23) Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens. (24) Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; (25) pois, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. (26) Pois que aproveita ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida? ou que dará o homem em troca da sua vida? (Mat 16:21-26)

A - Era necessário...

(21) Desde então começou Jesus Cristo a mostrar aos seus discípulos que era necessário que ele fosse a Jerusalém, que padecesse muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes, e dos escribas, que fosse morto, e que ao terceiro dia ressuscitasse.

Jesus começou a explicar aos seus discípulos sobre negar-se a si mesmo. Ele começou pela necessidade de submeter-nos aos planos do Pai, não importando o preço a ser pago. É nessa submissão a Deus que está a essência do negar-se. Uma submissão espontânea de quem reconhece em Deus uma vontade infinitamente superior e boa.

Jesus deixa claro que a atitude de submissão é a única resposta que podemos dar depois que compreendemos quem somos e quem Deus é.

Esse era o ensino de Jesus. Ele nunca ensinou seus discípulos a barganharem com Deus o alívio de suas dores. Mesmo no jardim do getsêmani, angustiado e já sentindo o gosto da morte, ele concluiu sua oração dizendo: todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.( Luk 22:42)

B - Tem compaixão de Ti...

(22) E Pedro, chamando-o a parte, começou a reprova-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá.

Pedro imaginava estar cumprindo bem o papel de discípulo de Jesus. Ele não podia aceitar o sofrimento de Cristo. Mas na verdade ele fez um apelo ao sentimento de auto-piedade, presente em todos os seres humanos.

• Há pais que não suportam o mínimo sofrimento de seus filhos, mesmo quando isso é necessário; Esses educam filhos incapazes de lidar com a dureza da vida.
• Há pessoa que não conseguem deixar Deus agir nas outras pessoas. Nem toda luta ou sofrimento é uma ação maligna, mas, muitas vezes, é o agir de Deus aperfeiçoando o caráter.

Negar-se a si mesmo é não aceitar a posição de coitadinho sofredor (muitas vezes nosso sofrimento e resultado de nossos próprios erros); é não se deixar levar pelas sugestões de autocomiseração, mas reconhecer que Deus está no controle de todas as coisas e que vale a pena seguir os seus passos, mesmo com dor e sofrimento.

C - Não cogitas das coisas de Deus...

(23) Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens.

A Bíblia Viva apresenta assim o verso 23: “Você está pensando apenas do ponto de vista humano, e não do ponto de vista de Deus”. Negar-se é abrir mão de nossa maneira limitada de ver as coisas e enxergar a vida sob o ponto de vista de Deus.

O discípulo é aquele que abre mão dos seus conceitos sobre a vida porque encontrou no seu mestre conceitos superiores aos seus.

O discípulo de Jesus nega-se a si mesmo, não por constrangimento, mas porque prefere o modo de viver de Cristo ao seu próprio modo de viver (que ele já sabe que não funciona).

08 março 2009

Ânimo, salvação e cura para as mulheres

Introdução

Jesus viveu em uma sociedade diferente da nossa em relação à valorização e à posição que as mulheres ocupam no dia-a-dia. Não que no passado elas fossem maltratadas ou vítimas de violência, mas cabia às mulheres o exercício de papéis específicos no contexto social em que viviam. Nos dias de Jesus as mulheres judias trabalhavam apenas em suas casas. Elas tinham participação limitada nas cerimônias religiosas e não faziam parte diretamente das decisões políticas da nação.

Por outro lado, as mulheres de Israel eram sustentadas e protegidas por seus maridos. A lei previa mecanismos para nunca deixar uma mulher desamparada. As solteiras eram sustentadas por seus pais, as casadas amparadas por seus maridos, as viúvas jovens ficavam sob a responsabilidade do irmão mais novo do esposo falecido. Os profetas exortavam permanentemente o povo para cuidar dos órfãos e das viúvas.

Enquanto isso, em outras culturas, as mulheres não eram assim tão protegidas, mas podiam ter uma atividade de trabalho, como Lídia, que era comerciante, uma vendedora de púrpura.

Os judeus não abriam muito espaço para a participação das mulheres na vida da sociedade. A mulher samaritana, por exemplo, espantou-se de que Jesus, um homem judeu, lhe dirigisse a palavra.

Mas Jesus, em seu ministério, rompeu com esse modo de ver a vida; ele esteve cercado por mulheres, argumentou com elas, as curou, as repreendeu, as elogiou... Jesus lhes devolveu dignidade e respeito.

Ao encontrar-se com elas nas ruas empoeiradas da Palestina, Jesus ofereceu às mulheres ânimo, cura e salvação.

Leitura do Texto (Mar 5:25-34)

25 Aconteceu que certa mulher, que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia
26 e muito padecera à mão de vários médicos, tendo despendido tudo quanto possuía, sem, contudo, nada aproveitar, antes, pelo contrário, indo a pior,
27 tendo ouvido a fama de Jesus, vindo por trás dele, por entre a multidão, tocou-lhe a veste.
28 Porque, dizia: Se eu apenas lhe tocar as vestes, ficarei curada.
29 E logo se lhe estancou a hemorragia, e sentiu no corpo estar curada do seu flagelo.
30 Jesus, reconhecendo imediatamente que dele saíra poder, virando-se no meio da multidão, perguntou: Quem me tocou nas vestes?
31 Responderam-lhe seus discípulos: Vês que a multidão te aperta e dizes: Quem me tocou?
32 Ele, porém, olhava ao redor para ver quem fizera isto.
33 Então, a mulher, atemorizada e tremendo, cônscia do que nela se operara, veio, prostrou-se diante dele e declarou-lhe toda a verdade.
34 E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai-te em paz e fica livre do teu mal. (Mar 5:25-34)
Ânimo para a Alma


Ânimo para a Alma

Havia doze anos que aquela mulher vivia humilhada, como portadora de uma doença incurável. Cerimonialmente ela era impura, econômicamente estava falida e socialmente era rejeitada. Ânimo é vida. Aquela mulher perdera a vida. O prazer de viver a muito havia desaparecido dos seus olhos. Sua vida estava insossa e sem graça. Falta-lhe ânimo para a alma.

É possível que você ou alguém perto de você esteja vivendo a mesma situação. Falta-lhe ânimo para alma. Eu não sei os motivos, mas o Senhor sabe.

• Um marido que não muda, não muda, não muda...
• Filhos que lhe consomem as forças.
• Uma casa virada de ponta-cabeça.
• Um pai que a oprime.
• Um trabalho que lhe angustia.
• Um salário que nunca é suficiente.
• Um marido que não a respeita.
• Um filho longe do evangelho, ou um que ainda não veio
• A dignidade violentada, com palavras ou ações.
• Uma filha que não fala com você.
• Um marido que se foi, ou um que ainda não veio.
• A violência da cidade que lhe aperta o coração.
• A falta de ternura, carinho sinceridade nas pessoas.

Não se culpe pelo desânimo que lhe invade a alma. Este mundo caído em que vivemos se tornou um lugar sem ânimo, sem vida. A verdade é que o mundo em que vivemos é hostil à vida. Essa hostilidade massacra as almas sensíveis e cauteriza as demais.

Ouça as palavras de Jesus: tem bom ânimo, filha.

Eu fico maravilhado com o entendimento de Jesus sobre a alma humana. Ele sabia o quanto precisamos ser animados. Não apenas por uma programação bonita, o que enche os olhos; ou uma multidão bradando alto, o que enche os ouvidos, mas por palavras de graça, aceitação e amor, capazes de encher a alma.

Essas são as palavras de Cristo para você:

• Eu quero lhe dar uma vida abundante, pela qual você não fez e não poderá fazer nada para merecer. GRAÇA.
• Eu aceito exatamente como você se encontra hoje. Não é preciso tentar parecer diferente. ACEITAÇÃO.
• Meu amor por você é tão grande que Eu mesmo farei de você uma nova pessoa, basta que você permita. AMOR.

Diante das coisas irreversíveis da vida... Tenha bom ânimo!

2 E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados. Mat 9:2

Diante do incompreensível... Tenha bom ânimo!

26 E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. 27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais! Mat 14:26,27

Diante das aflições... Tenha bom ânimo!

33 Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. Joh 16:33

Devemos aprender com o salmista a encontrar ânimo no caráter de Deus e esperar com paciência o agir de Deus.

7 Ouve, SENHOR, a minha voz; eu clamo; compadece-te de mim e responde-me. 8 Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença. 9 Não me escondas, SENHOR, a tua face, não rejeites com ira o teu servo; tu és o meu auxílio, não me recuses, nem me desampares, ó Deus da minha salvação. 10 Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me acolherá. 11 Ensina-me, SENHOR, o teu caminho e guia-me por vereda plana, por causa dos que me espreitam. 12 Não me deixes à vontade dos meus adversários; pois contra mim se levantam falsas testemunhas e os que só respiram crueldade. 13 Eu creio que verei a bondade do SENHOR na terra dos viventes. 14 Espera pelo SENHOR, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo SENHOR. Psa 27:7-14

Cura para o Corpo

Aquela mulher tinha uma doença incurável. Todos os recursos da medicina já haviam sido usados, mas as coisas estavam piorando em vez de melhorar. Ela sofria na alma e no corpo com aquela hemorragia.

Quando ela tocou nas vestes de Jesus. Foi imediatamente curada. Marcos diz que ela “sentiu no corpo estar curada do seu flagelo”. O Senhor não criou apenas a alma, mas também o corpo; por isso ele não se importa apenas com a alma, ele quer restaurar também o corpo.

Você precisa de cura para o seu corpo? Vá ao encontro dele e com fé toque em suas vestes. Peça ao Senhor. Você almeja pela cura de um filho ou outra de pessoa da família? Peça com fé ao Senhor.

• Várias vezes eu e Marina nos ajoelhamos orando por nossos filhos.

• Uma vez a Lídia, com menos de dois anos, contraiu um vírus ainda desconhecido naquela época e foi internada muito adoentada.

• Certa vez no Pecém o Levi, sentado na borda de um tanque virou para trás e caiu batendo a cabeça na quina do rodapé do tanque.

• Outro dia eu estava com muita febre e calafrios quando entendi por revelação do Senhor que aquele era um ataque espiritual.

• Em sua infância, Marina teve muitos problemas renais. Até que um dia um seu tio perguntou se ela tinha fé em Jesus e orou por ela.

O Senhor não despreza nosso corpo. Ele nos criou de forma que corpo, alma e Espírito não podem ser considerados distintamente para estão entrelaçados uns nos outros.

Sempre que eu pedir por cura Deus curará? Eu não posso, em sã consciência e pelo que entendo das Escrituras, afirmar isso. Deus nunca perdeu o poder de curar, mas ele faz conforme a sua vontade.

Nas escrituras, Jesus curou pessoas que tinham fé e pessoas que não tinham fé, curou porque pediram a ele e curou sem que pedissem, curou doenças simples como febres e também ressuscitou mortos. Ele curou pessoas que depois agradeceram e também pessoas que se revelaram ingratas. Só há uma coisa realmente presente em todas as curas que Jesus fez: elas foram motivo de glória a Deus.

Ainda hoje muitas pessoas são curadas por Deus das mais diversas doenças. Eu não estou falando aqui das sessões de curas e descarregos, nem das intervenções espíritas, nem tampouco dos cultos em que se promete cura ou o dinheiro de volta.

Precisamos entender que curar o corpo não tem nada de complicado para aquele que o criou o corpo e controla todo o universo. No entanto, Ele sempre age conforme sua vontade, que muitas vezes nós não compreendemos.

8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR, 9 porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos. Isa 55:8,9

Deus não fica incomodado com nossos pedidos e orações e quando submetemos nossa vontade à vontade Dele, que é boa e perfeita, podemos ter certeza que acontecerá o melhor.

Quero encorajar as mulheres do Caminho a receberem a cura para seus corpos. Assim como aquela mulher, vá ao encontro de Jesus, peça que Ele a cure e submeta sua vontade à vontade Dele. Eu creio que um dia você virá aqui testemunhar do poder Deus em sua vida. Pode ser que você venha falar da cura que o Senhor operou em seu corpo, ou talvez você fale do conforto e do carinho do Senhor para com você, mesmo que você não tenha sido curada.

Salvação para o Espírito


Estamos chegando ao final da reflexão desta noite.

Há pessoa que buscam o Senhor porque entendem que Ele é o único caminho para uma vida bonita e abundante. Esses são os guiados pelo amor; mas, desde os tempos de Jesus, a dor tem sido um outro guia que conduz muitos aos pés de Cristo. É assim que muitos de nós chegamos até Jesus: um problema sem solução, conosco e com os nossos, nos leva a buscar Jesus.

Quando aquela mulher procurou Jesus ela estava desejando ser curada de sua hemorragia. Essa era a sua principal motivação. No entanto, Jesus faz muito mais do que ela desejava.

Aquela mulher pensava que a cura de sua doença seria suficiente para lhe dar paz. Mas Jesus sabia que não. Ela precisava de muito mais. Ela precisava que fossem restaurados seus relacionamentos com Deus, consigo mesma e com as pessoas em sua volta. A essa restauração dos relacionamentos é que nós chamamos salvação.

Apenas Jesus pode nos salvar. Só Jesus tem o poder de restaurar nosso relacionamento com Deus. Para aquela mulher a restauração veio através da cura. A mulher que há anos vinha sofrendo com aquela enfermidade, que certamente clamava a Deus todos os dias, viu seu corpo curado.

Mas Jesus não deixou que ela tocasse o vestido e fosse embora. Ele conduziu toda a situação até o ponto em que eles se olharam olho no olho, e ela pôde então sentir o amor de Deus revelado em Cristo Jesus

Eu não sei o que tem impedido você de estar ligada a Deus, mas eu sei que apenas o Filho é capaz de refazer sua ligação com o Pai.

Apenas Jesus pode nos salvar. Só Jesus tem o poder de restaurar nosso relacionamento conosco mesmo. Certamente aquela mulher não estava em paz consigo mesma. Sentindo-se rejeitada por todos, ela talvez alimentasse sentimos de culpa e autopiedade.

Jesus não permitiu que ela saísse assim. O Senhor conduziu aquela mulher a contar a sua história diante da pessoas que estavam ali. Provavelmente ela falou dos sentimentos que lhe consumiram por todos aqueles anos. Ela também pôde falar dos novos sentimentos que tomavam conta dela; afinal talvez ela não fosse assim detestável, já que Jesus fizera algo em seu favor.

Eu não sei o que a fez perder o amor próprio, mas eu sei que apenas o nosso amado Jesus é capaz de refazer sua autoestima.

Apenas Jesus pode nos salvar. Só Jesus tem o poder de restaurar nosso relacionamento com as pessoas. Uma coisa precisava acontecer naquele momento para que a salvação alcançasse completamente os relacionamentos daquela mulher: perdão. Ela mesma precisava perdoar aqueles que a tinham rejeitado e também pedir perdão pelas maldades que guardou em seu coração.

O perdão é libertador. O perdão é capaz de curar, de restaurar e de salvar. O perdão é saúde para alma, para o corpo e para o espírito. Sem perdão você adoecerá ao ponto de morrer.

Aquela mulher queria tocar a orla da roupa de Jesus, ser curada da hemorragia e ir embora. Mas Jesus queria muito mais. Ele conduzir tudo para que houvesse reconciliação entre ela e seus amigos, vizinhos e parentes.

Eu não sei o que tem impedido você de estar conectada com as pessoas, mas eu sei que apenas Jesus pode produzir perdão em sua vida e salvá-la do sentimento de estar sozinha.

Conclusão

Há doze anos sofrendo com uma hemorragia, aquela mulher havia perdido tudo: saúde, dinheiro, bens, amizades, dignidade, relacionamentos e a esperança, que já se desvanecia. Mas Jesus, voltou-se para ela. Enquanto todos fugiam delas, o Senhor voltou-se para ela e disse: Tem bom ânimo, filha.

Hoje à noite, eu gostaria de encorajar as mulheres da Igreja do Caminho com as mesmas palavras de Jesus. Talvez em nós e não haja motivos para que vocês se animem. Talvez nós (maridos, filhos, netos, colegas de trabalho e estudo, irmãos e amigos) não sejamos suficientes para vocês. Realmente não somos. Mas não se entristeçam! Jesus é suficiente.

Hoje à noite, quero encorajá-la afirmando que o Senhor Jesus tem disponível e ao seu alcance: Ânimo para a alma, Cura para o corpo e Salvação para o seu espírito.

22 E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou. E, desde aquele instante, a mulher ficou sã. (Mat 9:19-22)

03 dezembro 2008

Que igreja seremos – Servir ou ser servido 1

Introdução

Que igreja seremos no futuro? As decisões que fazemos hoje é que determinam o tipo de igreja que seremos. Planos e projetos são bons, mas não são suficientes para dar direção a uma igreja. A direção de uma igreja é o resultado da decisão de cada um de nós.

Seremos uma igreja que serve ou é servida?
Qual é a sua decisão, servir ou ser servido?

Nós sabemos que decisão devemos tomar, mas saber a decisão certa não muda nada na vida da gente. O que muda é tomar a decisão certa.

A maioria de nós é capaz de falar muitas coisas bonitas sobre servir, mas poucos são aqueles que se colocam a serviço dos outros. Por quê?

Como cristão conhecemos o valor do servir, mas na prática não nos sentimos atraídos por ele porque nos sentimos diminuídos quando servimos.

Em nossa forma de pensar, servir é uma falta de opção. Nossos filhos são treinados e orientados para estudar e progredir na vida. Esse progresso é sinônimo de ter o que quiser e ser servido pelas outras pessoas.

Na economia o serviço é um bem que é vendido e comprado. Quem não possui propriedades e não tem dinheiro acumulado, vende os seus serviços para sobreviver,

Para muitas pessoas o serviço é considerado uma humilhação porque a posição social de quem serve está ligada ao status do escravo: alguém que não tem liberdade, que é obrigado a fazer aquilo que os outros se negam a realizar.

Por esses e outros motivos, servir soa tão mal aos nossos ouvidos.

Jesus e o serviço

Que tipo de pessoa você quer ser? Alguém que serve ou alguém que é servido? O que realmente é melhor para nós? Qual a melhor decisão para a sociedade? Qual é o tipo de atitude que nos tornará parceiros de Deus para restaurar o mundo que ele planejou para nós?

Precisamos olhar para Jesus. Ele tem uma forma própria de considerar essa questão. A maneira de Jesus ver a decisão entre servir e ser servido é revolucionária porque vai contra o senso comum da humanidade.

Acontece que esse senso comum foi afetado pela nossa distância de Deus e do projeto dele para nós. Por isso, não podemos confiar nele. É preferível confiar em Jesus e no jeito como ele ver todas as coisas, inclusive quanto a essa tensão entre servir e ser servido.

Hoje vamos ver dois textos que nos ajudarão a conhecer melhor a opinião do Filho de Deus sobre servir e ser servido. O primeiro está no evangelho de Marcos 10:32-41 e o segundo é João 13:1-17.

(32) Estavam de caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus ia adiante dos seus discípulos. Estes se admiravam e o seguiam tomados de apreensões. E Jesus, tornando a levar à parte os doze, passou a revelar-lhes as coisas que lhe deviam sobrevir, dizendo: (33) Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão aos gentios; (34) hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo; mas, depois de três dias, ressuscitará. (Mar 10:32-34)

Era um clima tenso e cheio de apreensões. Jesus e seus discípulos estavam indo em direção a Jerusalém onde uma multidão de peregrinos de todas as partes se reunia todos os anos.

Jesus sabia que aquela seria sua última viagem a Jerusalém e passou a compartilhar com seus discípulos os acontecimentos que estavam prestes a ocorrer. Jesus não queria que eles estivessem à parte do plano de Deus.

Os sacerdotes e escribas judeus fariam um complô para prender Jesus e condená-lo à morte. Depois disso, Jesus seria entregue aos romanos para que a sentença fosse cumprida.

Além disso esse seria um momento de humilhação e zombaria. Jesus seria alvo de pouco caso, seria cuspido em sinal de desprezo e depois de toda a tortura física e emocional, ele seria por fim morto. Dá quase pra ver o rosto triste e o semblante cabisbaixo dos discípulos ao ouvir a descrição de Jesus.

Tiago e seu irmão João, depois de ouvir tudo, dizem que têm algo a pedir para Jesus.

(35) Então, se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir. (36) E ele lhes perguntou: Que quereis que vos faça? (37) Responderam-lhe: Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda.

Tiago e João estavam sintonizados em outro canal. Eles não compreendiam o agir de Deus. Para Eles não havia sentido naquilo que Jesus falava. Jesus era o messias vitorioso. Finalmente eles que estavam dominados pelos romanos seriam os dominadores. Jesus era o enviado de Deus. A questão mais importante para eles agora era: quem vai ser o segundo na hierarquia de poder do reino de Cristo?

Depois de três anos de caminhada lado ao lado com aqueles homens, ouvir o que Jesus ouviu dá vontade até de chorar. Mas Cristo, pacientemente, explica que eles não tinham noção do que estavam pedindo e que a preocupação deles com poder e posição não era saudável.

(38) Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado? (39) Disseram-lhe: Podemos. Tornou-lhes Jesus: Bebereis o cálice que eu bebo e recebereis o batismo com que eu sou batizado; (40) quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda, não me compete concedê-lo; porque é para aqueles a quem está preparado. (Mar 10:35-40)

Acontece que toda essa história não passou despercebida aos demais apóstolos. Os outros ficaram indignados com a atitude de Tiago e João. Como é que eles tiveram a coragem de falar com Jesus antes de nós!?

(41) Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João.

O pensamento de todos eles era o mesmo. O jeito que eles conheciam para fazer funcionar as coisas era com base no domínio e na opressão. Eles não queriam apenas libertar-se dos romanos, mas queriam se tornar eles mesmos os dominadores.

Dentro de nossas almas há uma enorme sede de controle e poder. Por quê. Porque somos inseguros e quando somos os maiorais, nos sentimos menos inseguros.

Um educador brasileiro chamado Paulo Freire, entendendo que a educação poderia libertar os oprimidos desenvolveu um método de alfabetização de adultos. Depois de anos de trabalho, ele afirmou algo que retrata essa sede da alma por dominar: quando o oprimido é libertado do opressor, ele assume o mesmo papel de opressão. O oprimido tem um opresso oculto em sua alma.

Jesus sabia disso. Então ele chamou os doze para perto de si para ensina algo a respeito de servir e ser servido.

(42) Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade.

Jesus reconhece que há um senso comum na humanidade pelo qual a dominação é a única forma de fazer a vida funcionar. Ele admite que nosso mundo caído, que não se importa com as idéias de Deus sobre vida encontrou um jeito para as coisas acontecerem: uma cadeia de opressão e domínio.

Opressão e domínio não podem conviver com o serviço voluntário e amoroso. Opressão e domínio têm como resultado um serviço doloroso e cheio de amargura. O sistema do mundo em que vivemos funciona assim. O serviço é extraído à força das pessoas, que servem porque são obrigadas a fazê-lo.

Aqueles que tem poder, não usam seu poder para servir, mas para serem servidos. Quem tem autoridade, não a usa em benefício dos outros, mas em benefício de si mesmo. Aqueles que foram colocados em posição de domínio sobre as pessoas, usam essa posição para atingir seu próprios objetivos, não para servi-las.

(43) Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; (44) e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. (Mar 10:41-44)

É nesse ponto que vem a palavra revolucionária de Cristo: entre vós não é assim. Jesus chama aqueles homens para se tornarem parceiros de Deus na reconstrução do mundo como Deus imaginou.

No mundo que Cristo deseja restaurar a marca daqueles que têm um grande caráter é o serviço. Grandes não são aqueles que têm pessoas a sua disposição para cumprir suas ordens, mas sim aqueles que se colocam a serviço das pessoas que estão ao seu redor.

No mundo que Cristo deseja restaurar, grandes são aqueles que têm como se não tivessem e são como se não fossem, porque devolvem qualquer poder e qualquer autoridade que receberam de Deus em forma de serviço para as outras pessoas.

No mundo que Cristo deseja restaurar, os primeiros são aqueles que em suas vidas se consideram com a obrigação de servir às pessoas. Esses sãos os recebem o reconhecimento do Pai.

Conclusão

Essa é a opinião de Cristo. Na verdade, não apenas a opinião esse foi o modo de vida de Cristo. Não há dúvidas que é revolucionário e utópico aos olhos humanos, mas é assim que o Filho de Deus vê o mundo funcionando.

Pode ser que a vida tenha lhe tornado cético, porque ela realmente tem essa capacidade. Você já viveu tantas frustrações e decepções que já não tem mais esperança em coisas como essas. Eu não quero desprezar o que você já viveu, apenas quero desafiá-lo a voltar a sonhar e experimentar acreditar nas palavras do Filho de Deus. A vida que Deus planejou para nós não pode ser insossa e sem esperança.

Pode ser você seja um jovem que está dando os primeiros passos por conta própria. Ouça as palavras de Cristo. Viver conforme a orientação Dele só vai trazer bons resultados para sua vida. Decida viver do jeito que Jesus viveu. Além disso, perceba que Cristo está chamando você para ser parceiro dele na reconstrução do mundo. Essa é uma grande aventura que você não pode perder. Decida servir.

Talvez você ouviu tudo isso e está enrolado como filhos, esposa, trabalho, chefes, igreja, família, contas, e dezenas de outras coisas. Sua pergunta é o que isso tudo tem a ver com a minha semana que começa amanhã?

Servir é priorizar as pessoas. Servir é reconhecer que os relacionamentos são mais importantes do que as tarefas e realizações. Servir é valorizar sua esposa e seus filhos e se deixar usar por deus para suprir suas necessidades; servir é decidir que você não está satisfeito com o mundo cão em que você vive, que você tem esperança de a vida possa ser melhor do que é hoje. Servir é ter esperança no coração de que o Reino de Deus virá e que você quer ser parceiro de Deus dizendo: venha o teu reino, seja feita a tua vontade.

16 março 2008

Discípulos de Jesus - Tome a sua cruz 2/3

O ponto de vista de Cristo

Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, (1) negue-se a si mesmo, (2) tome a sua cruz, e (3) siga-me; (Mat 16:24)

Para sermos discípulos de Jesus, o negar-se a si mesmo precisa ser completado com o tomar a cruz. Vejamos o próprio Jesus afirma sobre isso:

Mateus 10:38 e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim.

• Tomar a cruz é identificar-se com Cristo. É preciso desejar ser parecido com Ele.

Mateus 16:24 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.
Marcos 8:34 Então, convocando a multidão e juntamente os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.

• Se alguém quer – A cruz não será colocada sobre os seus ombros forçadamente.
• Multidão e discípulos – Tomar a cruz é para os de fora da igreja, mas é também para os de dentro

Lucas 9:23 Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.

• A cruz deve ser tomada dia-a-dia (todos os dias, o dia todo)

Lucas 14:27 E qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo.

• Tomar a cruz é o ponto sem negociação. Tomar a cruz é marca de cristo que precisa ser vista em seus discípulos.
O fato

Para nós o objeto cruz é algo simbólico (alguns até levam pendurada no pescoço, de ouro, de prata ou de madeira). Ela não faz parte na nossa rotina diária nem tem qualquer utilidade prática em nossas cidades.

Quando ouvimos a palavra cruz, pode ser venha a nossa mente à imagem de uma igreja, a figura de um sacerdote ou pode ser que nos lembremos de coisas muito difíceis de fazer. Alguns até se lembram de determinadas pessoas.

No entanto, quando Jesus evocou a imagem da cruz para falar aos seus discípulos ele não estava ser referindo a uma coisa desconhecida. A cruz trazia à mente deles fatos e imagens muito reais e que faziam parte da rotina de

A cruz era o instrumento judicial usado para cumprir uma sentença de morte. No Brasil não temos a pena de morte, mas talvez a imagem de uma cadeira elétrica possa nos ajudar a sentir algo parecido com o que sentiram os discípulos.

A cruz era uma exposição pública da culpa por um crime cometido. A cruz não deixava dúvidas: o sujeito era um criminoso e agora não podia negar. A cruz expunha diante de todos a verdade que havia sido escondida.

A cruz tinha cheiro de morte. Os discípulos de Jesus não poderiam ouvir falar de cruz sem fazer essa ligação. Depois da cruz, vinha a morte. Aquele que carregava a sua cruz era um homem morto e todos sabiam disso.

A cruz arrancava do crucificado os resquícios de dignidade que ele tivesse. Era instrumento de humilhação. Rebeldes, homens sem consideração pelo próximo, violentos, assassinos, ladrões e criminosos de todos os tipos era obrigados a encarar sua própria maldade e a reconhecer que já estavam, de alguma maneira, mortos em suas almas.
A ilustração

Porque Jesus impôs uma condição, para aqueles que desejam ser seus discípulos, que está ligada à dor, à morte e à humilhação? Jesus queria dizer que todos os seus discípulos deveriam morrer crucificados? O que significa, então, essa condição inegociável de tomar a cruz?

...Tome... (A)

Nenhum condenado saía procurando a sua cruz. Aqueles que haviam sido condenados à morte por crucificação, eram obrigados a carregar (pelo menos a trave) sua cruz em uma peregrinação pelas ruas da cidade.

Mas, Jesus afirma que aqueles que desejam segui-lo não devem esperar que a cruz lhes seja imposta, mas devem tomá-la para si mesmo. Para seguir a Cristo é preciso assumir espontaneamente a condição de condenado à morte.

Não se trata de aceitar sem reclamar um sofrimento muito grande ou de viver uma vida cheia de dificuldades. Não é viver com pena de si mesmo, mas, ao contrário disso, tomar a cruz é reconhecer que não somos pessoas tão boas assim. Temos em nós todo o potencial de maldade somos capazes de ver nas outras pessoas. Reconheça isso! Disse Jesus.

Muita gente tenta maquiar sua condição de pecador. Mas, sabemos quem somos. Quem tenta dar uma ponta para o guarda de trânsito para se livrar da multa está praticando suborno; quem aumenta o preço de venda para ganhar por fora está superfaturando para roubar; quem cria dificuldades para vender facilidades está agindo com desonestidade; quem fala mal do colega de trabalho está difamando; quem leva e trás conversas que não lhe dizem respeito é fofoqueiro; quem aceita comprar sem nota pra reduzir o preço é sonegador. Quem não paga um salário justo está explorando; quem recebe e não trabalho é desonesto.

O que você está esperando? Tome a sua cruz! Reconheça quem você tem sido, admita os pecados que atormentam sua vida e diga não para a farsa sobre você. Assuma a sua cruz.

...Tome... (B)

O homem condenado à morte de cruz era obrigado não apenas a por a cruz sobre seus ombros, mas a carregá-la pelas ruas da cidade. Os seus crimes eram de conhecimento público, a sua condenação fora pública e a sua execução também seria pública.

Aquele que deseja seguir a Cristo não pode fazer isso às escondidas. Precisamos carregar a cruz pelas ruas da cidade. Isso não quer dizer que você vai sair por aí contando a todo mundo sobre os pecados que você tem cultivado em sua vida. Mas, quer dizer que você não os esconderá para parecer perfeito, mas lutará abertamente contra cada um deles.

Seus relacionamentos devem ser o mais limpos que você conseguir. As pessoas nem sempre se alegram com nossa sinceridade e alguns preferem que sejamos falsos e mentirosos. Outros tentarão usar nossa sinceridade e a verdade das nossas palavras contra nós mesmos. Logo, não é por causa delas que devemos carregar a cruz pelas ruas da cidade, mas por causa do nosso Senhor que se alegra quando somos sinceros.

O escritor de Hebreus diz que é assim que devemos nos aproximar dele... Com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência... (Heb 10:22 RA)

Quem tem vergonha de carregar sua cruz pelas ruas da cidade ainda não compreendeu o significado de ser discípulo de Cristo. Suas roupas são de condenado, as algemas estão em seus pulsos, os guardas estão lhe acompanhando e a cruz está sobre os seus ombros. Porque você não quer carregar a cruz? A quem você está tentando enganar?

...Tome... (C)

No evangelho escrito por Lucas há um detalhe na fala de Jesus que não foi lembrado pelos demais.

Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. (Lucas 9:23 RA)

Tomar a cruz não é um só ato simples e acabado. Tomar a cruz é algo que acontece em cada pequeno momento da vida.
Aqueles que querem seguir a Cristo fazem isso dia a dia, isto é, todos os dias, o dia todo.

Há muitos crentes que pensam da seguinte maneira: eu aceitei a Cristo, ele me salvou e o céu está me esperando. Então, não tem problema. É só correr para o abraço. Eles esquecem que a cruz deve ser tomada todos os dias, senão seremos crentes medíocres, atrofiados e sem fruto. Não é algo para se salvar, é algo porque fomos salvos.

Quando o amigo trai sua confiança e você se enche de ira e vontade de pagar na mesma moeda, você precisa tomar a cruz da sua vingança e pedir ao Senhor que limpe seu coração.

Quando o negócio precisa de um incentivo para fechar, você precisa tomar a cruz da sua corrupção e clamar para que lhe faça satisfeito com o que Ele lhe concede honestamente.

Quando o esposo é irresponsável e a vontade é de abandoná-lo, você precisa tomar a cruz da sua impaciência e pedir ao Senhor longanimidade no relacionamento.

Quando você poderia evitar o mal tramado contra alguém, mas se acovarda no silêncio, você precisa tomar a cruz da sua omissão e pedir ao Senhor coragem.

Quando você toca o corpo de quem não nem tem o direito de fazer, você precisa tomar a da sua sensualidade e clamar ao Senhor que o liberte dessa prisão.

A cruz precisa ser colocada sobre os ombros todo dia, o dia todo. Não é algo que acontece no domingo, não é algo que acontece apenas quando estamos bem. É um estilo de vida.

...sua... (A)

Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico, (João 19:17 RA)

Ao descrever o final do julgamento de Jesus, o apóstolo João foi lembrado pelo Espírito Santo de um detalhe omitido pelos demais evangelistas: que Jesus, ele próprio, carregou a sua cruz até o monte chamado calvário.

Alguns estudiosos afirmam que a cruz usada pelos romanos pesava em torno de 100 kg. O condenado levava pelas ruas da cidade apenas o travessão que se estima pesaria 30 kg. João falava dessa cruz.

Jesus tinha sido tão massacrado, que provavelmente não suportou levara aquele peso sozinho. Por isso os soldados romanos obrigaram um homem chamado de Simão, o Cireneu, a carregar a cruz de madeira no lugar de Jesus. Mas, se Jesus foi ajudado a levar a cruz de madeira, a cruz da condenação pelos nossos pecados ele levou sozinho. Ele não evitou a sua verdadeira cruz.

No deserto, o diabo queria que ele fugisse da cruz.
Pedro disse que isso jamais poderia acontecer com Ele.
O ladrão, crucificado ao seu lado o chamou para fugir da cruz
Os religiosos judeus o provocaram para que saísse da cruz

Mas ele tomou a cruz, porque era a sua cruz.

(38) Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. (39) Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. (40) E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?
(41) Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (42) Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. (Mat 26:38-42)
...sua... (B)

As cruzes que cada um de nós precisa tomar podem até ser parecidas (todos somos pecadores), mas a nossa tem o nosso nome gravado. Na minha está gravado Aristarco.

Porque temos tanto interesse nos problemas dos outros, mas fazemos vista grossa e até desconhecemos nossas próprias lutas? Às vezes somos invisíveis para os nossos próprios olhos.

O profeta Jeremias ficou conhecido como o profeta chorão por causa de suas lamentações ao Senhor. Mas é exatamente ele que nos trás uma exortação adequada para esse ponto.

Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. (Lamentações 3:39)

Não dá pra seguir a Jesus e ficar dando conta da vida de todo mundo. Não dá pra seguir a Jesus e ficar apontando para o erro de um pecado do outro e não enxergar a si mesmo. Não dá pra seguir a Jesus se o prato de cada dia, devorado avidamente é a vida do meu irmão.

O Senhor tem palavras muito duras para essa atitude.

(3) Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? (4) Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? (5) Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão. (Mateus 7:3-5)

Seguir a Jesus é uma coisa primeiramente entre você e Ele. É sua cruz que você precisa tomar.


Trocando de fardo

Para seguir a Cristo, você precisa tomar a sua cruz sobre os ombros. Mas, todo aquele que tomar sua cruz, jamais suportará o peso de seus próprios pecados. O que fazemos então? Continuamos mentindo para nós mesmos ou afundamos como o peso de nossos pecados? Nem uma coisa, nem outra!

A missão de Cristo, da qual ele não abriu mão, é libertar aqueles que tomam sua cruz sobre ombros do peso insuportável do pecado. Ele fez isso levando ele mesmo sobre si pecado de todos nós.

Isaías 53:4 Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

Isaías 53:5 Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.


Por isso o Senhor pode dizer assim:

Mateus 11:28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
Mateus 11:29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
Mateus 11:30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

Se você deseja trocar o peso de sua cruz, pelo fardo leve de Cristo, eu quero dar oportunidade para você permitir que essa obra feita em sua vida aceitando hoje a Jesus como seu Senhor e Salvador.

01 dezembro 2007

Quem é o Jesus da Bíblia 2/4

Introdução

Quem é este?

Os ventos eram fortes e o barco parecia que ia se romper pela força da tempestade. Jesus se levantou, repreendeu os ventos e o mar... A tempestade se transformou em calmaria.

E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mat 8:27 )

Era uma grande festa na casa de Simão, um líder religioso do grupo dos fariseus. Entra uma mulher tida com pecadora. Derrama sobre Jesus um perfume muito precioso e cobre os pés do mestre de beijos. O Senhor, cheio de compaixão se vira para aquela mulher e perdoa seus pecados.

Mas os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si: Quem é este que até perdoa pecados? (Luk 7:49)

Quem é este a quem nós adoramos? Quem é este a quem dizemos conhecer? Quem é este a quem o mundo inteiro reconhece como alguém especial? Quem é este a quem a igreja declara sua lealdade? Quem é este a quem louvamos com o coração compungido e de mãos levantadas? Quem é Jesus?

Foi Pedro quem respondeu Jesus: Tu és o Cristo. O filho do Deus vivo.

Essa afirmação de Pedro é a pedra sobre a qual está edificada a igreja de Cristo. Durante as próximas pregações iremos nos deter sobre ela. Neste ponto, eu gostaria de conduzi-lo à palavra de Jesus sobre a afirmação de Pedro.

Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. (Mat 16:17)

A compreensão de Pedro sobre quem é Jesus não nascera no coração dele. Não era um pensamento humano. Não era fruto de estudo acadêmico ou teológico. Também não era um ditado popular ou a opinião das massas. Deus mesmo tinha revelado a Pedro quem era Jesus.

Você não pode chegar ao entendimento de quem é realmente Jesus se o próprio Deus não lhe revelar isso. Essa não é uma compreensão humana, mas uma revelação do Senhor.

Aqueles a recebem de Deus a revelação de quem é Jesus são bem-aventurados, isto é, felizes. Em outras palavras, a felicidade que todos buscam está em conhecer realmente Jesus.

Tu és o Cristo

O que Pedro queria dizer quando afirmou que Jesus é o Cristo?

• Cristo não era o segundo nome de Jesus, como João Pedro ou Marcos Antônio, embora tornou-se comum o uso desta maneira.
• Cristo não era o sobrenome de Jesus, como Ricardo Barbosa ou Marcelo Silva.
• Pedro afirmou que Jesus era “o” Cristo. Ao dizer que Jesus era “o” Cristo, ele parece fazer referência a algo ou mesmo um título que todos conheciam.

O Que ele queria dizer então, quando afirmou que Jesus era “o Cristo”? Essa será a nossa reflexão hoje à noite, e por isso gostaria de orar ao Senhor.


O significado da palavra

cristos (χριστός G5547) ungido. A palavra aparece mais de 500 vezes no novo testamento. Está presente nos evangelhos, no atos dos apóstolos, nas cartas e no apocalipse.

É a tradução, na Septuaginta, da palavra Messias, termo que se aplicava aos sacerdotes que eram ungidos com o óleo sagrado, especialmente o sumo sacerdote (Lev 4:3,5,16). Os profetas recebiam o nome de “joi cristoi Teou”, «os ungidos de Deus» (Psa_105:15). O rei de Israel era, em algumas ocasiões, mencionado como “cristos tou Kuriou”, «o ungido do Senhor» (1Sa_2:10,35; 2Sa_1:14; Psa_2:2; 18.50; Hab_3:13);

Reis, sacerdotes e profetas eram “cristos”, pessoas separadas por Deus para o cumprimento de suas missões ou ofícios.

Jesus não fazia parte das castas sacerdotais, não havia sido ungido como profeta e muito menos como rei. Então, o que Pedro estava dizendo ao afirmar que ele era o Cristo? A chave para compreendermos a afirmação é o artigo. Tu és “o” Cristo. Tu és “o” enviado. Tu é “o” ungido.

Havia entre os judeus do tempo de Jesus a compreensão de que Deus enviaria um ungido especial. Ele seria o Messias de Deus, capaz de exercer com perfeição as funções de Rei, Profeta e Sacerdote. Esse era “o” cristo.

De volta às origens

Desde o Gênesis, era aguarda a vinda do enviado especial de Deus. Não era uma espera gratuita, mas estava baseada na promessa que foi feita pelo próprio Deus.

(14) Então, o SENHOR Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. (15) Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gen 3:14-15)

Deus prometeu que nasceria um descendente de Eva capaz de ferir mortalmente a serpente. Toda a ação destruidora da serpente seria aniquilada por esse descendente de Eva. Assim a desconfiança e o medo, que invadiram o jardim com a desobediência do primeiro casal, seriam banidos para sempre e o ser humano voltaria a manter comunhão com seu criador.

Pedro estava afirmando que Jesus era o enviado de Deus para esmagar a cabeça da serpente. Ele era o descendente da mulher capaz de cumprir com perfeição as funções sacerdotais, proféticas e reais.

É preciso explicar isso:

Deus criou o ser humano a sua imagem e semelhança. Ele passeava ao final da tarde para ver como sua criação estava. Não havia intermediários.

Deus governava todas as coisas através de Adão que foi incumbido de administrar o Jardim. Logo Deus era o Rei.

Deus dizia diretamente ao casal o que ele desejava. Foi assim com as orientações sobre as árvores do jardim. Logo, Deus era seu próprio profeta.

Não havia a necessidade de ninguém para interceder por Adão e Eva ou mesmo para falar a Deus em nome deles. Deus os ouvia sem intermediários. Logo, Deus era seu próprio Sacerdote.

Depois do dia fatídico em que o casal comeu da árvore que não deveria comer. O ser humano rompeu os laços de confiança no Criador e passou a andar em uma rota de fuga da presença de Deus.

Porque fugimos da presença do Senhor, temos nos esquecido de quem Ele é, do que Ele gosta, de como ele trata sua criação. Entramos em um mundo de silêncio a respeito de Deus e de falta de ordem em nossos relacionamentos uns com os outros.

Por isso Deus estabeleceu Profetas, Sacerdotes e Reis para servirem de ponte de contato entre Ele e nós. Mas eles eram homens imperfeitos, sombras daquele que seria como Deus: perfeito. O prometido, o cristo perfeito de Deus.

Jesus, o Cristo

Tu és o Cristo. Era isso que Pedro estava dizendo. Tu és aquele que foi prometido por Deus. E Jesus afirmou que Pedro estava falando inspirado por Deus.

1. Toda a Escritura testemunha de Cristo. Moisés escreveu sobre Cristo.

Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. João 5:39, 46:

2. Toda a Escritura é sobre Jesus Cristo, mesmo quando não há uma predição explícita. Isto é, há uma plenitude em toda a Escritura que aponta para Cristo e que foi satisfeita somente quando Ele veio e realizou a Sua obra.

E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. (Lucas 24:27)

3. Todas as promessas de Deus no Antigo Testamento foram cumpridas em Jesus Cristo. Isto é, quando você tem Cristo, mais cedo ou mais tarde você terá tanto o próprio Cristo como tudo mais que Deus prometeu através de Cristo.

Porque todas quantas promessas há de Deus, são nele sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós. (2 Cor 1:20)

Precisamos do Cristo

Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. (Mat 26:63)

(15) E, estando o povo em expectação, e pensando todos de João, em seus corações, se porventura seria o Cristo, (16) Respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos com água, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de desatar a correia das alparcas; esse vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. (17) Ele tem a pá na sua mão; e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga. (Luk 3:15-17)

Os Judeus ansiavam pelo Cristo de Deus, o seu ungido perfeito, porque as profecias diziam que Ele libertaria o seu povo. A nação de Israel estava presa sob o jugo romano. O messias era esperado para libertar. O prometido seria o Rei perfeito cujo reinado não teria fim.


Mas o Cristo de Deus não estava tão preocupado com isso. Quando ele falava de liberdade, os religiosos pareciam não compreender.

(32) E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (33) Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?

Eles não compreendiam. Que tipo de liberdade era essa, afinal eles eram o povo escolhido de Deus. Era filhos de Abraão. Se havia uma liberdade que ele desejavam era do jugo romano.

Acontece assim conosco queremos nos libertar:

Das dívidas, da liseira
Do emprego, do chefe
Da sogra, do marido, dos filhos
Dos compromissos, das responsabilidades, das obrigações
Da casa velha, do carro velho, das roupas velhas
Das doenças, das dores e de tudo que nos desagrada.

Mas isso não será suficiente se não formos verdadeiramente libertos do nosso maior algoz: o pecado.

(34) Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado. (35) Ora o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre. (36) Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (Joh 8:32-36)

Essa é a obra do Cristo. Libertar-nos do pecado. É por isso que você precisa dele. Não por causa daquela lista, mas porque aqueles que cometem pecado são servos dele. Essa é a liberdade de que você realmente precisa.

O plano de Deus

Como? Como podemos ser libertos do pecado? Houve um homem que procurou respostas sobre esse assunto.

(1) E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. (2) Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. (3) Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. (4) Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? (5) Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. (6) O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. (7) Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo. (8) O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. (9) Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso? (10) Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto? (11) Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho. (12) Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais? (13) Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu. (14) E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; (15) Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (16) Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (17) Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (18) Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (19) E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. (20) Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. (21) Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus. (João 3:1-21)

O Cristo de Deus foi enviado para nos libertar. O caminho é crer Nele. Crer que Ele é o enviado de Deus, messias, o prometido, o único capaz de nos reconectar com o Pai. Crer nele como capaz de nos salvar e entregar a Ele o controle de nossas vidas.